Como o mercado de trabalho vê o diploma EaD?
Modalidade de ensino vem tendo crescimento elevado na preferência dos estudantes, ao mesmo tempo que vem crescendo de qualidade
Como o mercado de trabalho vê o diploma EaD?
Modalidade de ensino vem tendo crescimento elevado na preferência dos estudantes, ao mesmo tempo que vem crescendo de qualidade
Nos últimos anos, o modelo de ensino a distância, popularmente conhecido como EaD, vem crescendo de maneira elevada na preferência dos alunos. Juntar a possibilidade organizar seu horário da forma como bem entender, economizar com mensalidade e conciliar mais facilmente os estudos com o trabalho são alguns dos motivos para cada vez mais pessoas optem por essa modalidade. Mas a grande dúvida é: como o mercado de trabalho vê o diploma EaD? Ele aceita da mesma maneira que o tradicional? Existe algum preconceito com ele?
Ao longo desse artigo, produzido em parceria com o Quero Bolsa, vamos descobrir se essa modalidade é tão bem vista como a tradicional e qual é a situação do EaD no Brasil, atualmente. Também listamos os 30 cursos com maior número de inscritos na modalidade em 2018. Confira!
Os dados de 2018 do Censo do Ensino Superior, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), apontam que a modalidade EaD corresponde a 40% das novas matrículas, chegando a 1,3 milhão de calouros por ano.
Se aumentarmos o escopo da análise e focarmos em todas as matrículas do ensino superior (não apenas dos novatos), é possível enxergar que 18,6% estão localizadas no ensino a distância, atingindo quase 1,5 milhão de estudantes. Em 2010, o índice era de 17,43%.
Focando no público com idade ideal para adentrar na faculdade, que é considerada entre os 17 e 24 anos (logo após sair do ensino médio) o interesse também vem subindo bastante. Em 2010, entre os ingressantes com essa faixa etária, apenas 7,27% correspondiam ao EaD. Em 2018, esse percentual mais que triplicou, chegando até 22,09%.
Isso significa que, no geral, o preconceito do público em relação ao ensino a distância vem, cada vez mais, sumindo. Isso acontece, ao mesmo tempo, que a percepção dos órgãos avaliadores vem melhorando em relação à modalidade.
Em 2019, pela primeira vez, o EAD teve, proporcionalmente, mais cursos com nota máxima no Conceito Preliminar de Curso (CPC) do INEP do que o ensino presencial. Segundo a avaliação, 2,7% dos cursos da modalidade EaD receberam nota 5 contra 1,6% da presencial. Em 2017, a proporção era de 0,4% e 2,4%, respectivamente.
O notável crescimento dos cursos a distância se deve, principalmente, segundo os alunos, à flexibilidade da carga horária (44%), mensalidades mais acessíveis (27%) e localização do polo de apoio presencial (11%). A informação foi coletada no “Panorama Quero Bolsa do Ensino Superior Privado no Brasil”, estudo que mensura os principais indicadores do setor. O levantamento, que contou com a participação de 3.400 estudantes da modalidade, também constatou que 79% deles consideram a qualidade de ensino excelente ou boa, 17% aprovam de forma moderada e somente 2% apresentam insatisfação.
Apesar das facilidades e do alto nível de satisfação dos matriculados, antes de optar fazer um curso a distância, o interessado precisa saber se tem o perfil adequado para esta modalidade, que possui exigências específicas. É importante, que o aluno faça testes de perfil para verificar a compatibilidade compatibilidade.
Mesmo com a popularidade deles aumento, ano após ano, muitos ainda desconhecem quais são as principais as diferenças entre o curso a distância e o da modalidade presencial. A seguir, listamos algumas delas:
Antes de entrar na maneira que o mercado de trabalho enxerga o diploma EaD, vale ressaltar uma coisa: o MEC não discrimina dentro do diploma qual modalidade de ensino o curso foi realizado.
Ou seja, tanto se o aluno fez uma faculdade presencial, quanto se ele optou pelo ensino a distância, o diploma indicará a mesma coisa, que é um curso de graduação. Dessa maneira, ele garante que não haverá distinção no papel.
Mas, mesmo assim, existem maneiras da empresa ou organização que o candidato está se candidatando a uma vaga de emprego saber a modalidade de ensino do curso superior. Então, o que acontece? Como o mercado de trabalho vê o diploma EaD? Da mesma maneira?
Da mesma maneira que a percepção das bancas de avaliação e do público melhorou em relação aos cursos de ensino superior EaD, o mercado de trabalho também vê com melhores olhos a modalidade com o passar dos anos.
O primeiro fato diz como as próprias empresas acabaram realizando os treinamentos para o desenvolvimento dos funcionários internamente. Antigamente, era normal reunir um grande número de profissionais em uma sala e, com um instrutor externo, passar o conteúdo e ensinando a esse grupo. Hoje, os treinamentos são feitos normalmente com EaD, garantindo que cada um possa fazer no tempo que achar livre durante o expediente. Se eles não achassem esse diploma válido, porque usariam o mesmo método?
Por fim, quais as principais características de um estudante EaD? Ele precisa ser proativo, organizado, agir com independência e ser completamente autônomo. Essas são as principais que as empresas procuram hoje em dia para desempenhar as atividades no dia a dia dela.
Dessa maneira, é possível entender que a aceitação dessa modalidade vem aumentando, ano após ano, tanto pelo público, como pelos órgão do governo e pelas empresas.
Entre os cursos da modalidade EaD, não há tanta diferença em relação a presencial. Pedagogia, Administração e Contabilidade acabam aparecendo nas primeiras colocações, também. O curso de Sistemas de Informação também ganha bastante destaque, já que boa parte dos matriculados optam por esse modo.
Entretanto, há a falta do curso de Direito, já que este não permite o ensino superior a distância. Todos os dados foram compilados utilizando o Censo da Educação Superior, de 2018. Confira quais são os 30 cursos de Ensino Superior a Distância com mais matriculados:
Se você, após ler esse texto, decidi cursar o ensino superior na modalidade EaD, existem algumas formas para entrar em uma faculdade. A partir de 2020.2, o Sisu começou a oferecer, dentro da plataforma, faculdades EaD. No geral, a modalidade em instituições de ensino público chegou a 173 mil estudantes em 2018, representando um crescimento de 45% desde 2016.
Além disso, no ensino público no estado de São Paulo, existe a Univesp, que tem mais de 50 mil estudantes matriculados em seus curso. Além destes, é possível também se utilizar de programas privados de bolsas de estudo, como o caso do Quero Bolsa, que conectam estudantes e instituições de ensino, oferecendo até 75% de desconto.
E você? Se interessou por alguma faculdade de Ensino a Distância? Qual curso pretende prestar? Conta para a gente!
Se você já é matriculado ou concluir um curso, nos diga como o mercado de trabalho vem enxergando essa maneira de ensino! Queremos saber a sua percepção.
Este artigo foi escrito por Heitor Facini, jornalista do Quero Bolsa, empresa especializada em bolsas de estudo em escolas e faculdades de todo o Brasil.