economía colaborativa

Empreendedorismo digital

A economia colaborativa e as oportunidades para pequenos negócios

Entenda o que empresas como Uber, Airbnb e WeWork têm em comum e como você pode fazer parte desse modelo de negócio também.

Hotmart

08/10/2019 | Por Hotmart

O que veremos nesse post:

Uber, Airbnb, Wikipédia, WeWork… Se você nunca usou algum desses serviços, ao menos já deve ter escutado falar sobre eles. Todas essas organizações são exemplos de uma tendência mundial: a economia colaborativa.

Também conhecida como economia compartilhada, é um conceito em que bens e serviços são adquiridos de forma compartilhada em vez da simples transação. 

A sociedade do hiperconsumo vem passando por uma transformação interessante, dando espaço à valorização do capitalismo consciente e práticas sustentáveis. Tais mudanças impactam o nosso cotidiano e também a maneira como o mercado se comporta.

Neste artigo, vamos mostrar como a economia colaborativa funciona, seus modelos de aplicação e outras questões.

O que é economia colaborativa?

Economia colaborativa é um termo para negociações baseado no compartilhamento. Ela substitui a necessidade de compra, sendo um modelo de negócio baseado na troca. Assim, tanto o dono quanto o cliente podem se beneficiar.

O conceito se fortaleceu após a crise econômica de 2008, o que mostrou uma necessidade de mudança na maneira como consumimos.

Em 2011, a revista Time elegeu a economia colaborativa como uma das 10 ideias que mudariam o mundo.

Apesar de ser uma expressão relativamente nova, tal hábito não surgiu exatamente agora. Basta observar que práticas como caronas, vaquinhas e aluguel de casas de temporada existem há anos.

No entanto, ela ganhou força devido à tecnologia aplicada que ajuda a organizar os produtos ou serviços que serão utilizados de maneira compartilhada.

Hoje, a economia compartilhada é uma realidade e está em constante evolução. Diversos mercados compartilhados surgiram, como os aplicativos de transporte, financiamento coletivo, redes sociais, etc.

Essas novas empresas vieram para não só transformar o mundo, mas incomodar setores tradicionais, que são obrigados a acompanharem essa mudança. 

A economia colaborativa no mundo

Após a crise econômica, o crescimento desenfreado da poluição — que agride o meio ambiente — e também a diminuição de renda em alguns locais, a sociedade passou a ver que a maneira de consumo até então utilizada entraria em colapso a qualquer momento.

Por isso, o mundo — ou ao menos uma parte dele — tem voltado seus olhos para uma maneira mais barata e consciente de viver.

De acordo com a consultoria PwC em reportagem divulgada na Revista Época Negócios, em 2025, a economia colaborativa deverá movimentar cerca de 335 bilhões de dólares.

Nos EUA, por exemplo, a PwC fez uma pesquisa que mostrou que 86% da população acredita que a economia colaborativa torna a vida mais barata, o que estimula seu crescimento no país.

Essa facilidade, bem como a economia de tempo e dinheiro, ajudam o mercado a se desenvolver. Isso quer dizer que, no futuro, o acesso será mais importante do que a posse, devido à necessidade de um consumo consciente.

O Brasil ainda não tem dados completos, mas estima-se que o país passará a ter 30% do seu PIB de serviços diretamente ligado ao compartilhamento.

Empresas como Uber e Airbnb estão cada vez maiores no país. Outras empresas de consumo colaborativo vieram para transformar nossa rotina, como as bicicletas e patinetes elétricos, que ajudam no problema de mobilidade urbana.

Como a economia colaborativa funciona?

Se você tem um pequeno negócio, é bem provável que pense que a economia colaborativa funciona apenas para grandes organizações. Na verdade, isso é um engano, pois ela privilegia até mesmo os autônomos.

Um dos seus motores é a tecnologia, que traz mais confiança e permite uma atuação mais completa. Por meio de aplicativos e comunidades online, por exemplo, é possível criar redes de compartilhamento.

Mas não é só isso. Os negócios que querem participar da tendência precisam se embasar em dois quesitos importantes, além da tecnologia, que são:

  1. Social: a razão de ser da economia colaborativa está na base social. É preciso que a colaboração entre duas ou mais pessoas aconteça para que o bem/serviço possa ser aproveitado;
  2. Econômico: a questão econômica também deve gerar benefícios para as três partes envolvidas — dois usuários e o negócio, o qual fará a mediação entre eles.

Uma coisa é clara: o empreendedor precisa estar disposto à colaboração por meio de cocriação, coworking, crowdsourcing ou outras práticas. Estar aberto a colaborar e receber colaborações é o caminho para que ele se beneficie e atinja bons resultados.

Benefícios da economia criativa

É bom lembrarmos que os benefícios de focar na economia criativa são vários e vão além da questão financeira. Saiba mais sobre eles:

  1. Inteligência coletiva: é a inteligência compartilhada, na qual as pessoas colaboram com as suas diversidades. Essa é uma oportunidade de reconhecer e enriquecer o conhecimento mútuo dos indivíduos que participam da economia colaborativa;
  2. Oportunidade de renda: como dissemos, a economia colaborativa não representa uma vantagem financeira apenas para quem usa um serviço, mas também para quem o oferece. Um negócio consegue manter os custos mais baixos e criar um relacionamento mais duradouro com o cliente, tornando-o mais lucrativo;
  3. Aumento do networking: as trocas são especialmente importantes na economia colaborativa, pois a todo momento novidades estão surgindo, como novas tecnologias que otimizam o trabalho. Isso dá ao empreendedor a oportunidade de aprender sobre inovação e ainda dividir os seus conhecimentos com outras pessoas que compartilham o mesmo estilo de vida;
  4. Acesso ao capital: voltando à questão econômica, o compartilhamento promove um acesso maior ao capital por diferentes grupos, o que ajuda na construção de uma sociedade mais justa, na qual os pequenos negócios têm mais acesso ao mercado e crescimento.
  5. Flexibilidade: uma das coisas que os consumidores mais apreciam ao usar ou trabalhar com economia compartilhada é a flexibilidade. Nesse mercado, não é preciso adquirir algo que está sendo usado.
  6. Independência: o melhor exemplo disso são os espaços de coworking, que oferece espaços de trabalho flexíveis, assim como aplicativos que permitem trabalho autônomo.
  7. Consumo sustentável: a economia compartilhada ajuda os consumidores a economizarem. Por exemplo, alugar um apartamento usando o Airbnb, utilizar bicicletas elétricas em vez de comprar uma e pegar carona de forma mais rápida.

7 modelos de economia colaborativa

A economia colaborativa é democrática e atinge diversos segmentos do mercado. Conheça alguns exemplos que separamos!

1. Turismo

Um dos maiores responsáveis pelo crescimento do compartilhamento de serviços é o turismo. Exemplos não faltam, como o Airbnb e o AlugueTemporada, sites nos quais as pessoas alugam casas, apartamentos ou somente quartos para hóspedes em todo o mundo.

Qualquer indivíduo que queira alugar seu espaço pode se inscrever e obter uma renda extra.

O interessante é que tanto ele quanto o viajante saem ganhando, já que os preços costumam ser convidativos se comparados aos modelos tradicionais de hospedagem.

2. Transporte

O transporte é um dos principais exemplos de colaboração na economia. Uber e Cabify são alguns dos principais nomes desse mercado. Nessas plataformas, os usuários podem oferecer um serviço básico de transporte a um preço acessível, trazendo conforto ao passageiro.

Nesse meio, temos também o carsharing, no qual uma pessoa anuncia o seu veículo para aluguel e outra pode usufruir de um automóvel particular sem ter que gastar para comprá-lo ou mesmo mantê-lo.

3. Lifestyle colaborativo

Nesse caso, podemos encaixar uma série de exemplos de lifestyle colaborativo, começando pelos espaços de trabalho.

O chamado coworking é um famoso modelo de compartilhamento de ambiente organizacional, como é o caso do WeWork.

Profissionais de todas as áreas alugam o espaço por um tempo, por exemplo, quando necessitam realizar uma reunião com um cliente. Assim, eles têm a possibilidade de atuação em locais diferentes devido à mobilidade.

Outro exemplo são as pessoas que disponibilizam uma habilidade, recurso ou mesmo tempo para ensinar. É o caso de cursos online, nos quais o indivíduo compartilha um conhecimento em determinada área, disponibilizando materiais e videoaulas mediante pagamento, tal como acontece na Hotmart.

4. Streaming

O sistema de streaming, tanto de músicas quanto de filmes, também é um exemplo de economia colaborativa. 

Spotify e Netflix são os dois principais produtos oferecidos, nos quais as pessoas pagam uma mensalidade para poder escutar músicas e assistir a filmes, sem que para isso seja preciso adquirir um CD ou DVD.

5. Crowdfunding

Também conhecidas como vaquinhas virtuais, as plataformas de crowdfunding conectam pessoas que precisam de dinheiro para iniciar algum projeto com pessoas dispostas a fornecê-lo.

As principais formas de financiamento coletivo é através de apadrinhamento (financiamento para ajudar produtores de conteúdo e outros projetos) e a vaquinha (angariar dinheiro para determinado projeto).

6. Aluguéis 

As plataformas de compartilhamento, como Airbnb, conecta proprietários de imóveis com pessoas que precisam de um lugar para ficar, seja para viagem, trabalho ou lazer. Os hosts (que alugam o imóvel) definem o preço por noite e as datas disponíveis, 

Já os hóspedes,conseguem definir acomodações em seu destino e escolher um local que atenda suas necessidades de acordo com o orçamento disponível. 

7. Revenda e Negociações

Se você já usou OLX ou o Enjoei, já conhece esse exemplo de economia compartilhada. Essas plataformas permitem que você compre, venda e até troque produtos novos e usados.

É uma forma de adquirir produtos desejados sem precisar em um completamente novo, que pode custar bem mais. Além disso, é uma forma sustentável de consumo, já que comprar roupas usadas por exemplo, ajuda na economia não só de dinheiro, mas também faz bem para o meio ambiente.

O que a economia compartilhada pode ensinar a pequenas empresas?

Os maiores exemplos de economia compartilhada são, sem surpresa, empresas grandes e com nomes fortes no mercado. Mas ao contrário do que muitos pensam, pequenas empresas e empreendedores podem aproveitar para crescer com essa tendência.

É um modelo que têm muito o que ensinar para todos. Confira as principais lições para serem aprendidas com a ascensão da economia colaborativa:

1. Confiança é tudo!

Um sistema baseado em compartilhamento entraria em colapso sem estabelecer confiança. Para empresas de economia colaborativa, quebrar a confiança do consumidor ou fornecedor leva a perda de usuários e enfraquece esse mercado.

Criar confiança em empresas de compartilhamento é particularmente difícil, já que estamos lidando com muitas dúvidas, principalmente em relação a nossa segurança. Por isso, são negócios que precisam se preocupar e muito com medidas que reforçam a confiança do consumidor.

Mesmo startups e pequenos negócios de economia compartilhada devem reconhecer a importância de criar e manter a confiança de seus clientes. 

2. Autonomia e flexibilidade é o futuro

Muitos empreendedores escolhem a economia compartilhada como meio de sustento ou até mesmo uma forma de obter renda extra, conciliando com o trabalho. As principais características desse mercado é o horário flexível, autonomia e baixa barreira de entrada, tornando esse modelo uma opção mais atraente de emprego.

Por exemplo, motoristas de aplicativo podem ativar ou desativar as corridas de acordo com sua disponibilidade e os anfitriões de imóveis podem escolher os dias em que desejam alugar sua casa.

O mesmo vale para as empresas: é mais fácil atrair talentos quando a empresa oferece um ambiente flexível, mais autonomia e maiores responsabilidades. 

3. É essencial ter uma comunidade em volta

A comunidade é a grande força por trás do sucesso da economia compartilhada. Quanto mais pessoas ouvirem sobre você e seus produtos, maior a probabilidade de lembrarem de você na próxima vez que precisam do que você fornece.

Até mesmo a Uber não seria grande dessa forma se não tivesse construído uma comunidade de usuários ativa. 

Pequenas empresas também devem se esforçar para criar uma comunidade engajada, concentrando-se em ações de marketing para gerenciar o relacionamento com clientes e parceiros estratégicos. 

A economia colaborativa e o impacto no mercado

Como mostramos aqui, a economia colaborativa representa uma alteração no rumo do mercado. Antes, o consumo desenfreado era incentivado; hoje, há uma preocupação crescente com a sustentabilidade e um estilo de vida mais econômico.

Isso abre espaço para os pequenos negócios, que precisam estar atentos às oportunidades e valorizar pessoas para aproveitar esse cenário.

Os exemplos apresentados, apesar de serem de grandes organizações, começaram pequenos. O que trouxe o sucesso foi justamente a possibilidade de participar da evolução da inteligência colaborativa, aumento do networking e outras inovações.

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