Quais são os erros gramaticais mais comuns?
Conheça os 39 principais desvios gramaticais da língua portuguesa.
Quais são os erros gramaticais mais comuns?
Conheça os 39 principais desvios gramaticais da língua portuguesa.
Todos que têm um negócio na internet sabem o tamanho do desafio que é ter uma escrita boa que possa prender a atenção do seu leitor no conteúdo.
Isso requer que o autor domine certas técnicas para que possa, além de certificar a qualidade no assunto abordado, garantir que seu texto seja lido e compreendido pelo público.
Entre todas as preocupações que se deve ter na hora de escrever, uma delas é básica: erros gramaticais.
A qualidade do seu produto está diretamente relacionada à qualidade que você escreve sobre ele. Por isso, é sempre bom estar em dia com todas as técnicas que envolvem uma boa produção de texto, como copywriting.
Mas, além disso, nunca se esqueça das várias pegadinhas que nossa língua prega.
Erros gramaticais, dos mais simples aos mais complexos, podem nos fazer ter uma imagem bem ruim com nosso público. E alguns erros são clássicos.
Palavras de grafias e fonéticas parecidas, mas com sentido diferente, são as que mais confundem. Mas não é só isso.
Para que você possa não só conseguir persuadir seu público, mas garantir que seu texto atraia um bom tráfego, vamos listar os 39 erros gramaticais mais comuns e mostrar alguns exemplos para que você possa diferenciá-los.
Nossa lista é encabeçada por um clássico dos erros gramaticais!
Mais é um advérbio e, geralmente, é usado para dar ideia de intensidade, quantidade ou adição. Ele é o oposto de menos.
Já a função de mas, normalmente, é dar ideia de oposição à determinada ideia. Veja os exemplos:
Outro erro gramatical muito comum é confundir onde com aonde.
As duas palavras possuem sentidos muito parecidos, mas não iguais.
Elas têm função de lugar mas, enquanto onde tem um sentido de permanência, aonde induz À movimento.
Olhe o exemplo:
Uma dica valiosa para esse caso é tentar substituir as palavras por para onde. Se o sentido permanecer, devemos usar aonde. Se não, o certo é onde mesmo.
Não se deixe enganar: apesar de serem pronomes demonstrativos muito parecidos, eles indicam coisas diferentes.
Esse demonstra coisas não tão próximas ao interlocutor. Já este indica algo perto de quem diz a frase.
Veja os exemplos:
No primeiro caso, o livro mencionado possui certa distância de quem fala, enquanto o segundo está em posse do interlocutor.
Eles podem fazer menção à ideia apresentada na frase. Se algo já foi mencionado e você quer retomá-lo, usa-se esse. Se ainda irá falar sobre algo, este.
Trocar essas duas palavras uma pela outra é um dos erros gramaticais mais comuns. Mas saber diferenciar uma da outra na hora de escrever o texto de seu blog é mais simples do que imaginamos.
Mal é antônimo de bem. Já mau é o contrário de bom.
Por isso, uma das dicas mais certeiras é trocar as palavras por bem ou bom e ver se tem sentido.
Esse é mais um exemplo de palavras de sons idênticos, mas com sentidos diferentes.
O verbo traz (de trazer) significa levar para perto de quem fala. Já trás, um advérbio de lugar, indica uma situação contrária de frente ou posterior.
Olha a diferença nos exemplos:
Ainda que não tenham sons idênticos, essa dupla de palavras gera muitos erros gramaticais em textos na internet afora.
São dois adjetivos, ou seja, qualificam algo.
Eminente dá valor àquilo que é superior, de grande importância ou alguém ilustre.
Já iminente qualifica algo que está prestes a acontecer ou que possui certa urgência:
Essas duas palavras confundem e certamente são outros exemplos de erros de concordância que, vez ou outra, nós cometemos.
As duas são conjugações do verbo ter no presente do indicativo, porém, para sujeitos diferentes.
Tem é usado quando enunciamos a terceira pessoa do singular. Já têm é usado para a terceira pessoa do plural.
Já esse par confunde pela pronúncia e escrita, mas são dois verbos diferentes.
Vem é a conjugação de vir. Já veem é a forma conjugada de ver.
Veja as diferenças:
A temida crase é sempre mal vista pela maioria das pessoas, e seu uso confunde mesmo.
Nesse caso em específico, temos uma diferença importante que muda muito o sentido do que escrevemos caso a gente cometa o erro de confundir.
A vista é usado para indicar aquilo que se enxerga ou por ser o sentido da visão.
Já o uso da crase indica um modo como algo é feito. Nesse caso, usamos à vista para pagamentos realizados na hora ou para indicar que determinada coisa está diante dos olhos.
A diferença entre esses dois termos e seus usos é quase a mesma do item anterior, mudando, claro, seus significados.
A moda é apenas o uso do artigo a com o substantivo feminino moda, que significa estilo, tendência.
Já à moda indica a maneira como algo é feito ou algo que é feito no estilo de alguém conhecido por aquele estilo. Olhe os exemplos:
Aqui, vale uma atenção: a expressão à moda é muito utilizada de uma maneira subentendida, suprimindo o termo moda. São casos como:
Uma confusão clássica, mas simples de se resolver.
Esta, pronome que usamos para demonstrar algo próximo de nós, tem sua primeira sílaba mais forte. Diferente do verbo está, o que o faz levar acento.
Veja se com os exemplos fica fácil:
O uso do artigo A é extenso.
Para simplificar nossa explicação e você não errar mais, damos uma dica valiosa: se você quer usar o termo no sentido de existir, use Há.
Ele também é usado para expressar tempo já decorrido ou distância percorrida. Ou seja, tudo que ficou para trás.
Quando nenhum desses casos acontecer, use sempre o A. Veja:
Esse é mais um caso de duas palavras homófonas.
Viajem é verbo e por isso é fácil de esclarecer a dúvida se a gente guardar que o J é usado para o seu infinitivo, viajar. Já viagem é substantivo. Veja a diferença:
Nesse caso, a dica mais simples é saber se você quer usar a palavra para tirar o crime de alguém. Se é isso, você deve usar descriminar.
Caso queria usar com o sentido de diferenciar, segregar ou mesmo separar, use discriminar.
A confusão em usar ou não a preposição a é causada pelo sentido do verbo assistir.
Ele pode significa dar assistência a algo ou ver alguma coisa. E quando queremos ver algo, utilizamos a depois de assistir. Se a palavra posterior for feminina, lembre-se da crase.
A clássica dúvida dos porquês é um dos erros gramaticais que deixam qualquer redator de cabelos em pé!
Porque é usado no sentido de causa ou motivo e pode ser substituído por pois. Geralmente, é usado para dar respostas.
Já a forma separada e sem acento, por que, é a usada em perguntas, seja ela indireta (sem o ponto de interrogação) ou a direta.
Os casos de acento, podemos dizer que são mais simples.
Porquê, quando usado, pode ser trocado pelas palavras motivo e causa. Sempre vem antecedido por o/os por ser substantivo:
Já por quê é usado de forma isolada em perguntas ou no final de frases. Pode ser trocado por por qual motivo, desde que no final das frases:
Esse é talvez um dos casos que mais confundem quem gosta de escrever. Mas não deixe as dúvidas persistirem:
Seção é usado quando há sentido de separação, algo repartido. Repartido, aliás, é a palavra chave para matar a dúvida, bastando lembrar dela para quando usamos no sentido de repartições de uma empresa, por exemplo:
Já sessão é quase o oposto, porque deduz a algo que reúne.
Pense que, nesse caso, a palavra é designada para uma reunião de algo que você pode fazer sentado. Parece absurdo, mas não é. Ela deriva do latim sessio, que nada mais é do que sentar.
Essa não tem muito segredo. Quiz nada mais é que uma bateria de perguntas, muito usadas em gincanas de colégio e em programas de televisão.
Já quis vem do verbo querer. Logo, tem sentido de desejo, vontade:
Essas são expressões bem parecidas, mas na verdade seus sentidos são até opostos.
Dessa vez, vamos começar pelos exemplos:
Nesse caso, entendemos que temos duas opiniões diferentes. Elas estão diante de outra, se podemos assim dizer.
Aqui é o contrário. Há concordância no que é pensado. Por isso, é usado ao encontro de.
É bem comum confundirmos o uso dessas palavras, por isso, veja a dica:
Usada tanto como adjetivo ou substantivo, afim tem o sentido de algo semelhante, que é ligado por algo.
Quando usada como substantivo, tem semelhança com o sentido de parentes.
A fim é uma locução que indica um propósito, finalidade ou intenção. Ela pode ainda ser usada, de uma maneira mais informal, para dar ideia de ter vontade, desejo ou interesse:
Esse é um erro gramatical que pega muita gente, mas é bem simples de diferenciar.
Agente é aquele que age, opera, tem a função de alguma coisa em um departamento, por exemplo. Uma dica simples e fácil é lembrar do agente 007.
A gente é o mesmo que nós, ainda que deva ser usado no singular (um errinho bem comum também).
Então, se você tem dúvida entre agente ou a gente, tente usar nós. Se couber, é a gente:
Essa confusão é feita muitas vezes por não sabermos que advérbios como meio não flexionam em gênero – feminino e masculino – ao contrário de outras classes, como substantivos e numerais, como é o caso de meia.
Quando nós queremos usar com o sentido de estar um pouco ou mais ou menos, é sempre meio, nunca meia.
Note: tanto no feminino quanto no masculino usamos meio.
Agora, se você for usar para indicar algo pela metade, como um numeral fracionário, aí sim podemos flexionar:
E ainda há caso de quando meio e meia forem substantivos. Meio dá sentido à área, ambiente, lugar. Já meia é a peça que usamos no pé mesmo.
Outra dúvida que permeia muito nossa cabeça, não é? Mas acreditamos que com a dica que daremos, ficará fácil.
Senão é o mesmo que do contrário, mas sim, a não ser, exceto, exceção.
Já se não equivale a caso não. Dá sentido de oposição.
Essa aqui seremos diretos: menas não existe. Pelo mesmo motivo que falamos do caso de meio x meia: advérbios não flexionam em masculinos e femininos, como é o caso de menos.
Por isso, delete menas de sua cabeça!
Outro caso até fácil de identificar quando usar uma e outra.
Hora, usamos apenas para horário, para o momento, tempo.
Já ora pode indicar por enquanto, alternâncias e até mesmo ser uma interjeição. Além de ser uma conjugação do verbo orar.
A expressão é geralmente muito usada na fala, mas quando é para escrever, complica!
Podemos dizer que a forma mais usual é nada a ver, que significa algo que não lhe diz respeito ou que não corresponde ao certo.
Já nada haver é usado mais para dar oposição de ter haver, quando nos referimos a receber algo, monetariamente falando.
Esse erro gramatical que cometemos quando confundimos um pelo outro é fácil de corrigir.
Quando nos referimos a uma ação, de agir, devemos usar aja.
Já quando o assunto for de haver algo, no sentido de ter ou existir, use sempre haja.
Mais uma vez, um caso de confusão para uma palavra que não flexiona entre masculino e feminino.
Apesar de existir, gramo é pouco menos usual, mas nunca é o masculino de grama.
Gramo tem sentido de aturar, suportar.
Já grama pode ser a unidade de medida de peso, que sempre será masculino. Por isso, deverá ser precedido pelo artigo o e as suas flexões serem sempre nesse gênero. Mas sua grafia não muda.
Esse aqui nós nem precisamos falar muito, já que a expressão deve ser sempre escrita separada, até porque sabemos que “M” jamais precederia o “C”. Certo? Então, para qualquer sentido que você queria dar para algo que está sobre o outro, a única expressão que existe é “em cima”, o oposto de “embaixo”:
O livro está em cima da mesa.
Atenção: existe “encima”, que é verbo conjugado de “encimar”, que é o ato de pôr em cima, hierarquizar algo para cima:
Ela encima sua equipe a patamares jamais vistos na empresa!
Já nesse caso, existem ambas as palavras.
Em baixo adjetiva algo, que deve estar em um nível abaixo. Veja os exemplos:
Para o embaixo, devemos usar sempre para dar o sentido oposto ao caso que vimos no item anterior, em cima. É algo que está debaixo de outra coisa:
Nesse erro gramatical também clássico, devemos nos atentar ao sentido do verbo haver.
Se ele tiver relação a existir, acontecer ou de tempo decorrido, sempre será impessoal e por isso não flexionará em número (plural ou singular):
Por esse motivo, o uso de houveram é muito restrito, já que o sentido de haver é essencialmente os citados acima.
Em raras exceções, você pode usá-lo como um verbo auxiliar – e muitas vezes dispensável –, flexionando de acordo com o sujeito:
Perceba: esses dois casos não estão errados, mas são totalmente dispensáveis.
Essa dúvida faz muita confusão, mas também tem explicação simples:
Se algo foi perdido, temos uma perda. Se for o caso de querer (ou não) perder, temos uma perca.
Deu para entender? Veja melhor nos exemplos:
Típico caso de concordância verbal. E não é para menos.
Há muitas regras, exceções e confusões nesse exemplo de erro gramatical. Vamos tentaremos simplificar com uma dica fundamental:
Em qualquer caso que houver a partícula se, você precisa estar atento ao seu complemento. Se tiver uma preposição (de, a…), você não deve flexionar e usar sempre o singular.
No caso de vender, o verbo não requer uma preposição de complemento, por isso, ele sempre vai flexionar de acordo com o que é vendido.
Tanto vende-se e vendem-se estão corretos de acordo com o que se vende.
Olhe os exemplos:
Ficou claro?
Você só pode taxar algo se estiver precificando, como uma taxa.
Se você tachar algo, está acusando alguém ou fazendo isso consigo mesmo.
Veja os exemplos:
Não se deixe enganar nesse caso: a palavra óculos é formada pelo plural de óculo, que é lente. Por isso, o objeto óculos deve ser sempre mencionado no plural.
Essa dúvida requer uma certa atenção, mas para sermos objetivos: em longo prazo é o certo.
Isso porque o emprego da preposição em é a mais adequada para designar decorrência de tempo. Isso vale para longo, curto ou médio prazos, independentemente.
Nesse caso, faremos uma exceção da regra: por ser tão largamente usada, a longo prazo já deixou de ser considerado erro por certos linguistas. Por isso, e somente aqui, é um erro que podemos dizer que “passa”. Mas só aqui!
Aqui não tem conversa: interviu está errado! Nossa língua admite apenas o uso de interveio.
Para lembrar e não errar mais, basta lembrar do verbo vir, do qual intervir deriva.
No pretérito perfeito do indicativo (o passado que aconteceu), usamos ele veio. Logo, intervir deve seguir a mesma lógica.
Esse caso não tem muita explicação: você usa de acordo com o sujeito, flexionando de acordo com seu gênero.
Se você for usar para você, a regra é a mesma. Atente-se nesse diálogo e no exemplo:
Outra dúvida que também precisa de uma certa atenção: as duas locuções estão certas. Mas, dizer através de dá sentido de atravessar, passar de um lado para o outro, cruzar.
Já por meio de é usado quando você dá sentido a uma intermediação.
Por exemplo:
Ufa, foi muita coisa, não é mesmo?
Esses são os erros gramaticais que julgamos ser os mais comuns na hora de escrever um bom texto para o seu blog.
É preciso sempre lembrar de usar outras técnicas para escrita, mas alinhadas com o bom português, sem desvios gramaticais.
Se você sente que está afiado com essas dicas que demos, que tal agora criar conteúdos irresistíveis para seu site? Quer saber como?
Vem com a gente e veja 20 dicas para te ajudar a escrever bem.